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sábado, maio 04, 2013

Alguns estudos sobre dízimo - UPDATE

A intenção desta postagem é sobre estes estudos que encontrei e seria interessante que fossem estudados por vocês que acessam o blog. Assim, àqueles que tiverem um outro pensamento, gostaria que publicasse um comentário com a sua opinião. Bons estudos.


Qual parte da Bíblia está escrita que é um dever cristão dar o dízimo?
- Isso não está na Bíblia, não somos obrigados a dar o dízimo em nosso tempo, porque dízimo não é mais uma LEI no tempo cristão, essa era a lei no tempo dos israelitas
- Hebreus 7:5
- Esta ordem de tomar os dízimos do povo foi dado aos filhos de Levi segundo a lei e eles tomam os dízimos dos irmãos deles, não tomavam os dízimos dos estrangeiros
- Na verdade, eles davam parte dos dízimos para sustentar os estrangeiros
- Deuteronômio 26:12
- O dízimo foi intencionado para os levitas (que são os sacerdotes), também aos estrangeiros, aos órfãos e as viúvas, ou seja, para àqueles que não tinham renda
- Na vinda do Senhor Jesus, esta lei é mudada
- Hebreus 7:12 – e qual é a mudança?
- II Coríntios 9:7 – deve vir do coração e ser voluntário
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- Dízimo é requisito para cargo na igreja?
- I Timóteo 3:2-13 – tem algum requisito sobre dízimo?
- Assim como uma viúva para ser aceita no orfanato da igreja
- I Timóteo 5:16
- Quem são as verdadeiramente viúvas?
- I Timóteo 5:9-10
- Ela tem que ser dizimista? Não.
- O dízimo é uma “forma de pagamento” porque tem preço fixo (10%), já a contribuição informada em II Coríntios 9:7 é contribuição
- II Coríntios 8:1-3
- O que é praticado pelos cristãos nos primórdios era dar voluntariamente, segundo o que eles propuseram nos seus corações
- O dízimo é para os israelitas e aqueles que iriam coletar os dízimos eram os sacerdotes levitas conforme Hebreus 7:5. Depois que o sacerdócio levítico foi mudado, as leis que vão com ele também foram mudados de acordo com Hebreus 7:12.
- Se a lei do sacerdócio levítico era coletar os dízimos, esta lei foi mudada e a mudança está em Cristo. E a lei de Cristo é que cada um contribua voluntariamente.
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- Deuteronômio 12:5-6
- Existia um lugar onde o nome de Deus estava
- Mandamento aos israelitas
- Números 18:26 – era queimado o dízimo dos dízimos
- O dízimo pode ser maior que 10%?
- Deuteronômio 12:32 – se é 10%, que seja 10%, MAS lembrando que é PARA OS ISRAELITAS
- Hebreus 7:5 – os filhos de Levi que receberam o sacerdócio
- Hebreus 7:12 – a lei mudou, a lei dos 10% não vigora mais
- II Coríntios 9:7 – não tem quantia
- E quando Jesus falou sobre o dízimo?
- Mateus 23:23
- Jesus CRITICA os escribas e fariseus pois esquecem o mais importante (fé, misericórdia, justiça), pagam 10% mas não praticam a justiça, o mandamento não foi dado por Jesus, a lei como um todo deveria ser obedecida. Tem algum mandamento que começa com “Ai de vós”?
- Jesus veio para um novo concerto, novos mandamentos
- Atos 1:2
- Jesus deu seus mandamentos aos apóstolos através do Espírito Santo
- Ofertas são bem-vindas, que venham do coração e não 10%
- Se der 20%, está correto? É maligno dar 20%? E 50%?
- Deuteronômio 12:32 – Deus é exato
- Hebreus 8:13
- A lei foi ABOLIDA quando Cristo estava na Cruz
- Efesios 2:11-16
- Hebreus 3:1-3

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É CORRETO PAGAR O DIZIMO NA NOVA ALIANÇA?

Fonte: http://perguntas.gospelprime.com.br/e-correto-pagar-o-dizimo-na-nova-alianca/

Devemos ainda que de forma breve, ter uma noção a respeito de Lei. O dízimo que hoje se segue e se aplica na maioria das igrejas institucionais chamadas evangélicas é uma lei veterotestamentária, porque faz parte dos mandamentos dados por Deus a Moisés. Sendo assim “uma lei”, deve ser entendida a sua aplicabilidade.

Pelo conceito de lei, antes de nos submeter a qualquer que seja o ordenamento, devemos conhecer a sua eficácia no tempo e espaço, ou seja, para qual lugar ou região ela foi destinada, qual o tempo de sua permanência e quais as pessoas que são atingidas por tais leis. Não podemos seguir uma lei somente porque esteja parecendo que todo mundo a está seguindo! Toda lei traz em sua redação a população que seus ordenamentos atingem, os lugares abrangidos e o tempo de sua aplicação.
Definidos todos estes requisitos, só nos resta atentar para as interpretações de seus parágrafos ou itens. Se tivermos certeza de que uma lei nos atinge em um dos itens acima, teremos de segui-la somente até onde sua redação nos obriga, sem inventar ou ir às interpretações, induções e persuasões de pessoas que não têm, segunda essa lei, capacidade para isso, caso contrário, estaremos perdendo tempo, dinheiro e muitas coisas mais.
O dízimo praticado com as instruções de Deus no Monte Sinai, é bastante diferente da que se aplica hoje! Toda lei deveria ser obedecida, observando a sua redação, senão não teria validade alguma. Não cumpriria o seu verdadeiro “espírito”, ou intenção de quem a redigiu (ditou).
Ainda há pessoas que teimam em “repristinar” (termo jurídico designado para aproveitar lei que foi revogada, ou seja, cancelada, abolida, e assim tentam fazer volver ao antigo, que se usava outrora) os mandamentos dirigidos aos israelitas e tomar para si, lei que nada lhes diz respeito. Se, sou brasileiro e tenho a constituição Inglesa às mãos, sem ter quaisquer relações com aquele país, não preciso me preocupar em viver de acordo com aquela constituição, e sim, tenho que obedecer à constituição de meu país. Se, estou a dirigir no trânsito por qualquer rua do Brasil, e cometo uma infração, o guarda de trânsito não pode me punir com uma lei de trânsito da Inglaterra.
Em qualquer Constituição, toda e qualquer lei deve ser executada pelas autoridades nela especificadas. Isso se chama competência de autoridade ou sujeito ativo de direito. Também, deve prever as pessoas alcançadas pela tal lei; sujeito passivo de direito. No caso dos dízimos, não foge a essa regra: Hebreus 7.5: “E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abrãao”.
Ainda que alguém do Brasil resolva dar dez por cento de “qualquer coisa de valor material”, não seria dízimo, pois este já não existe e teria que ser da produção agropecuária. E se existisse esse alguém, teria de ser judeu; porque somente os judeus tinham esse dever. Ainda, se a lei estivesse em vigor e algum judeu resolvesse cumpri-la hoje, com os seus “dízimos”, teria de achar um levita para tomá-los, mas se estes já não existem, já não teriam a lei para ampará-los.
Ainda que a velha lei estivesse em vigor em Israel, outros povos que não os judeus, não teriam a obrigação de cumpri-la, dentro e fora daquele Estado. Foi feita para aquele povo específico, para o atender em um determinado tempo, num determinado lugar. No Direito, isso se chama eficácia da lei no tempo e no espaço. Os dízimos pregados hoje não têm nenhuma correlação com o dízimo bíblico.

E O DÍZIMO QUE FOI DADO A MELQUISEDEQUE?

No Novo Testamento não encontramos, mais ninguém falando acerca dos dízimos, exceto o autor de Hebreus, lembrando de Abraão (Hebreus 7.1-10). Vamos comentar um pouco sobre estas passagens e assim tirar informações sobre a validade da lei do dízimo para os cristãos.
No verso 8, "recebem dízimos homens que morrem", estes são os levitas (versos 5 e 9), e não os pastores, no período da graça, como alguns afirmam.
Hebreus 7.5: “E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio, têm ordem, segundo a lei, de tomar os dízimos do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que estes também tenham saído dos lombos de Abraão.”
Que lei do dízimo é essa citada em Hebreus 7:5? É a lei de Moisés, lei que obrigava o israelita a levar os dízimos para os levitas. Segundo esta lei, conforme explicado no verso 5, algumas pessoas da tribo de Levi (levitas), legalmente, tinham o direito de “tomar” os dízimos do povo. Isso era lei! Lei completamente vinculada ao ministério sacerdotal dos levitas. Essa ordem se estendia somente ao povo judeu (seus irmãos). Quem tinha ordem segundo a lei, de tomar os dízimos? Os levitas. Quem devia dar os dízimos? Os judeus, seus irmãos.
Hebreus 7:1-10: “1 Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; 2 A quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz; 3 Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre. 4 Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. 5 E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão. 6 Mas aquele, cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas. 7 Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior. 8 E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive. 9 E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos. 10 Porque ainda ele estava nos lombos de seu pai quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro.”
Nesta longa passagem, o objetivo do autor é mostrar a superioridade do sacerdócio de Cristo sobre o sacerdócio levítico e, portanto, exortar seus leitores para não retornarem às suas formas judaicas de adorar, repletas com seus sacerdócio, Templo e sacrifícios. O autor menciona o relato de Abraão pagando dízimos a Melquisedeque, [somente para o autor] mostrar que, desde que Levi estava nos lombos do patriarca Abraão, na realidade Levi pagou dízimos a Melquisedeque e foi abençoado por ele. Uma vez que é óbvio que o menor é sempre abençoado pelo maior, Melquisedeque e seu sacerdócio são maiores que os levitas e o sacerdócio deles.
Aqui, o autor de Hebreus não está mais que reafirmando o fato que Abraão pagou dízimos a Melquisedeque, um fato que já temos analisado [acima]. Esta passagem não está exortando os crentes [neo testamentários] a darem [o dízimo] como Abraão o fez [mesmo que só do despojo de guerra e só uma vez na vida]. Ao contrário, está instruindo os crentes a perceberem a excelência de Cristo, o qual ministra como um sacerdote muitíssimo superior aos levitas. Portanto, esta passagem não pode ser usada para forçar o dízimo sobre os cristãos. Simplesmente, ela não foi escrita para tratar deste assunto. Ela não tem nada a ver com cristãos dadivando das suas rendas para Deus e sua obra, mas, ao contrário, tem tudo a ver com a superioridade de Cristo.
Hebreus 7:11: “De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (pois sob este o povo recebeu a lei), que necessidade havia ainda de que outro sacerdote (Cristo) se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, (ordem dos jebuseus?) e que não fosse contado segundo a ordem de Arão?”
Hebreus 7:12 “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei .”
Pois, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei. Para mim, esse versículo é um divisor de águas! Quem o lê de maneira isenta, não terá nenhuma dificuldade em viver e aceitar somente o sacerdócio de Cristo.
Esta é a terceira vez que a palavra “lei” aparece neste capítulo 7. O verso claramente está se referindo às leis relacionadas ao sacerdócio levítico e isto obviamente inclui a lei do dízimo citada nos versos 5 e 11, lei que ordenava a entrega do dízimo aos levitas. Estas leis são mudadas no momento em que Cristo morre, ressuscita e torna-se sumo-sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque.
Hebreus 8:13: “Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar.”
Hebreus 7.11-12 e 8.13 provam que o sacerdócio Arônico caiu. Houve mudança (troca) de sacerdócio. Cada sacerdócio traz a sua própria lei. Um sacerdócio não emprega lei de outro sacerdócio. Por que houve a mudança da lei? Porque se mudou o sacerdócio. Por que Jesus veio de uma tribo totalmente diferente da dos levitas, sem nenhuma vocação religiosa? Justamente para instituir um sacerdócio bem diferente do deles, que não deu certo.
Se alguns ainda têm dúvidas sobre a anulação desta lei, basta continuar a leitura do capítulo.
Hebreus 7.18: “Pois, com efeito, o mandamento anterior (a constituição do sacerdócio de Arão, levítico), é ab-rogado (termo jurídico que se emprega à lei que foi anulada por completo), por causa da sua fraqueza e inutilidade.”
Ab-rogar, juridicamente, quer dizer: anular uma lei por completo. Não se aproveita nada do que foi legalmente “ab-rogado”. Por que o mandamento anterior foi ab-rogado? Porque era inútil e fraco. Não atendia mais à utilidade a que foi destinado. Havia chegado a hora da mudança total.
Hebreus 7.19: “(Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança (o sacerdócio de Cristo), pela qual nos aproximamos de Deus.”
Hebreus 7.22: De tanto melhor pacto Jesus foi feito fiador.
Gálatas 6.2: “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.”
I Coríntios 9.21: “Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei.”
Toda lei nova é aprimorada em cima de outra obsoleta. Este é um princípio constitucional universal.
O novo pacto, do sangue derramado (Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados Mateus 26.28), foi a libertação de tudo que se referia à suntuosidade e glória do Templo e de seus eclesiásticos sacerdotes. Deus já não estaria no Templo, mas no íntimo de cada pessoa: Já não haveria sacerdotes no Templo, porque já não haveria mais Templo; nem pedra sobre pedra dele. Sacerdotes e templos somos todos nós:
I Coríntios 6.19: “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?”
1Pedro 2:5: “Vós também, quais pedras vivas, sois edificados como casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo.”
I Pedro 2.9: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;”
João 4.21-24: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.”
Hebreus 7.28: “Porque a lei constitui sumo sacerdotes a homens (sacerdotes levitas), que têm fraquezas, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho (Cristo), para sempre aperfeiçoado.
Por que se fala tanto em dízimo neste capítulo 7 de Hebreus, que trata desses dois sacerdócios distintos? Porque é um termo da velha lei que mais caracterizava aquele sacerdócio. O dízimo existia, por sua causa; para a sua sustentação e subsistência. Ao levita, não lhe era permitido ter fontes de rendas; não lhe deram esse “Direito”. Não trabalhava como os das outras tribos e eram sustentados por elas, através de sua única fonte de subsistência (não fonte de renda) própria: os dízimos.
O tema principal de Hebreus 7 é a supremacia do novo modelo sacerdotal. A abolição da lei que obrigava a entrega do dízimo aos levitas é apenas citada para ilustrar a falência do antigo modelo sacerdotal. A palavra dízimo é citada sete vezes nos primeiros 9 versos do capítulo. Isso mostra quão forte foi o argumento do dízimo na defesa da tese principal. Fica claro quando o modelo levítico é superado e cai por terra, as leis atreladas a ele também caem por terra.
Quando o dízimo foi instituído na Lei, os levitas ficaram isentos de pagá-lo, como diz o texto: …Levi que recebe dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão. (Hebreus 7.5-9).
Ficaram isentos porque o dízimo deles foi pago na pessoa de Abraão a Melquisedeque, que era a figura do sacerdócio eterno de Cristo. Os sacerdotes levitas foram os únicos autorizados por Deus, aqui na terra, segundo as Escrituras, a receberem dízimo (II Crônicas 31.5-6) e (II Crônicas 31.12); (Neemias 10.37) e (Neemias 12.44), não o sistema eclesiástico atual.
O livro aos Hebreus é suficiente para dirimir quaisquer dúvidas que possam existir, quanto à obrigatoriedade de cumprir e permissividade de exigir qualquer lei da velha ordenança dentro do sacerdócio atual, que é o de Cristo.
Nós cristãos membros comuns da igreja, estamos livres em Cristo vivendo sob o novo concerto. A graça de Jesus nos libertou de velhos dogmas. Os que adoram a Deus hoje o fazem em espírito e em verdade, cabe a cada um contribuir de acordo com seu coração, com sua benção, daquilo que teve em abundancia, para que possa ajudar o próximo carente, para não haver na congregação o faminto e o necessitado. “Não com tristeza ou por necessidade, pois Deus ama o que dá com alegria”. (II Cor. 9.7).


E SOBRE AS OFERTAS, SERÁ QUE ELAS SÃO UMA SEMENTE QUE POSSO PLANTAR, ESPERAR E COLHER COMO O APÓSTOLO PAULO ENSINA?

2 Coríntios 9:6: E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará. 
A passagem que você nos remete localizada acima, esta na 2ª carta aos coríntios, exatamente no capitulo 9, porém é importante conhecer o pano de fundo por trás da passagem em questão!
Na segunda carta aos coríntios, no cap. 8 Paulo expõem a prontidão dos macedônios em ajudar os necessitados de Jerusalém, e isso sem serem COAGIDOS, pelo contrário, deram além dos limites de seus recursos, pois o Ap. Paulo ou alguém deve ter até “reprovado” que dessem demais ou até que ajudassem sem condições, mais eles imploraram na participação da oferta. Vemos neste exemplo que ao implorarem em participar, eles fizeram isto com disposição voluntária e prazer. Paulo exalta os corintos em varias virtudes, e os impulsiona a participarem também desta coleta, pois eles já tinham pensado em ajudar, porém ainda não tinham o realizado na pratica, somente o tinham desejado. Paulo os exorta a concluir na pratica o desejo e deixa claro que não esta DANDO ORDENS EXPRESSAS, eles deviam ofertar conforme as suas posses.
No capitulo 9 o apostolo Paulo continua e avisa aos corintos que estará enviando uma “comissão” de irmãos para “checarem” se a oferta que ele espera para os pobres de Jerusalém estará pronta a tempo, pois no verso 24 do cap.8 Paulo pede que eles mostrem perante as igrejas a prova do amor e o motivo do orgulho que ele (Paulo) tem deles! Assim ele no cap.9 verso 2 continua e expõem novamente que se orgulha deles diante dos Macedônios, e por isso manda esta comissão para que chequem tudo para que ele (Paulo) e os próprios corintos não sejam envergonhados, pois Paulo poderá levar alguns Macedônios com ele.
Porém Paulo avisa que não esta fazendo isso para pressioná-los, pois quer um espírito voluntario e não quer que ninguém se sinta extorquido a dar!!! Ai sim vem o verso por você citado, sobre plantar pouco ou muito, e como conseqüência, colher pouco ou muito.
Esta passagem é perigosa, pois pode despertar em muitos um espírito ganancioso, despertando sentimentos nada corretos diante de Deus, pois o objetivo de se colher mais não pode ser o ganhar mais para esbanjar, acumular, isto fica claro na continuação do texto, no verso 8 e no verso 11: Paulo fala no verso 8, que tendo sempre o suficiente em tudo, transbordaremos em toda boa obra, já no verso 11, ele fala, que em tudo seremos enriquecidos para que possamos ser sempre generosos, ou seja, o objetivo é ter mais para DAR mais, e não acumular mais!
Isso tudo para glorificar a Deus, no verso 13 do mesmo cap. 9 da 2ª carta aos corintios Paulo fala sobre isso!
Nesta mesma carta Paulo fala no cap. 8 verso 12 até o 15 que devemos dar conforme as nossas posses permitem, segundo o que temos e não o que não temos, hoje vemos muitos DESCARADOS PSEUDO-PASTORES GULOSOS incentivando até empréstimos e o uso do cartão de crédito para se ofertar!!! Paulo pede a igualdade, pois hoje podemos ter muito e ajudar o que tem pouco, amanhã poderá ser ao contrário, nós com pouco sendo ajudados pelos mesmos irmãos que outrora estavam em dificuldades e foram por nós ajudados!!!
NO VERSO 15 está a base da resposta principal PARA OS QUE QUEREM COLHER PARA ACUMULAR E ESBANJAR:
2 COR. 8.15: Ao que muito colheu, nada sobrou; e ao que pouco colheu, nada faltou.
Você planta bastante, colherá bastante, mais isso tudo para ter mais recursos para ajudar, este é o principio por trás da passagem que muitos se negam a ver, pois se colhi bastante e não sobrou, não é por causa do devorador, mais sim pelo amor em compartilhar com os irmãos carentes, já que eles não colheram quase nada, mais não tiveram falta, pois foram ajudados. (Porém, que fique claro que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também – 2 Tessalonicenses 3.10)
Creio que por causa do amor de Deus, de seu Espírito, e por sermos nascidos Dele, somos impulsionados a ajudar, e se temos condições para fazê-lo com um valor 3x e o fazemos com só 1x, e sentindo que devíamos dar mais, estamos sim dando margens a algum tipo de erro. Por que algum tipo?? Não me convém julgar, pois cada um sabe da sua vida, das suas responsabilidades e compromissos, isto é algo interior (coração), cada uma saberá se deixou de fazer o que deveria ou não!
A maldição de Malaquias era uma questão de que faltaria chuva para as plantações, e que diversas pragas e problemas as atacariam , e isto tudo ocasionado pela desobediência a lei, porém hoje é uma questão de amor, que nos leva a sentir preocupação para com o próximo, preocupação com a carência humana, diferente de estar preocupado em ser atingido pelo devorador e levar prejuízo pessoal em questões de ordem patrimonial, pois a igreja é formada pelas pessoas e não por tijolos que formam um local de reunião!
O amor que nos motiva a ajudar não busca interesses (1 Cor. 13.5), diferente da pregação malaquiana, que motiva o dar para ter mais e mais e preservar o que se tem! É UMA QUESTÃO DE SER OU NÃO NASCIDO DE DEUS, ISTO IMPLICA SIM EM SALVAÇÃO, É UMA QUESTÃO DE DEVOÇÃO AO SENHOR, pois os avarentos entrarão no reino de Deus??? Quem tem os bens e dinheiro como SENHOR, entrará no reino de Deus??? 
Jesus nos ensina a vivermos na sua total dependência, não estando apreensivos pela nossa vida, sobre o que comeremos e o que vestiremos, quanto mais aos demais coisas!!! Isso tudo implica em generosidade no ofertar, tenho que concordar, mais NÃO para sustentar sistemas fraudulentos que usam o nome de Deus para isso, e sim para ajudar aos irmãos em dificuldades econômicas, podendo sim, se encaixar nesta situação, um pastor, um missionário etc…
Quando se estabelece uma igreja denominacional, é claro que existira compromissos que deverão ser honrados (luz, água, IPTU, aluguel e etc…). Deve existir muita sabedoria ao expor estas necessidades aos irmãos que fazem parte da igreja local para que não escandalizemos os novos. Eu não vejo quase ninguém se preocupando com isso, dá-lhe PEDIR E PEDIR.
Paulo expôs esta preocupação na 1ª Carta aos Coríntios, no capitulo 9, onde fala que sabe que tem direito de colher coisas materiais, mais não faz uso deste direito, mesmo passando todo tipo de dificuldades por isso, tudo com o fim de não atrapalhar o avanço do evangelho, pois poderia escandalizar os novos.
Paulo não exige que todos façam como ele, mais para um bom entendedor que queira fazer uso deste direito, o mesmo devera se portar com humildade e sabedoria, procurando ao máximo expor esta sua necessidade aos maduros na fé, e estes, por já serem maduros, com certeza saberão que devem obedecer ao principio que Paulo ensina, que, aos que anunciam ao evangelho, que vivam do evangelho, porém, eu acrescentaria, a palavra INTEGRALMENTE, pois vivemos em outra época, em diferentes condições e sistemas!
No Antigo Testamento o dízimo além de ajudar os sacerdotes levíticos e sustentar o Templo, era também uma lei com âmbito social, pois era direcionada também para ajudar os pobres (viúvas, órfãos e estrangeiros), o dízimo também era meio que uma taxa de aluguel pela terra, porém sabemos que tudo que temos e o que somos é de propriedade de Deus, é uma questão como disse e repito, de consciência das necessidades gerais, devemos ser motivados a contribuir por amor e gratidão, Deus pode nos fazer até abençoados financeiramente, não para nos sentirmos confortáveis, mais para que sejamos generosos no partilhar.
Paulo fala: Não digo isso como quem manda, mas para provar, pela diligência dos outros, a sinceridade da vossa caridade.
É assim que a maioria age hoje??? Acho que não! Quando existe percentual ou estipulação logo existe ordenança, por mais que Paulo ensine aos corintos que eles devem agradar a Deus, deixa claro que a ação em ajudar deve ser uma expressão genuína de amor, com sinceridade de coração, e NUNCA, uma obrigação!!!
Quem dá procurando acumular créditos com Deus também deve repensar se isto é correto, a única forma correta que vejo é a compulsão do amor, assim como Deus nos amou dando seu filho!
O que é usado é: VOCÊ DEVE FAZER, VOCÊ DEVE CONTRIBUIR!!! Não seria melhor expor melhor a palavra de Deus aos ouvintes, com maior profundidade?? Mostrando que eles tem a OPORTUNIDADE de ajudar! Existindo um percentual estipulado até mesmo quem daria mais que 10% pode ser influenciado a dar menos!
Alguns irmãos não se sentem a vontade em aceitar a liberdade que temos em Cristo, até mesmo na hora de contribuir! Infelizmente é por que muitas igrejas não tem sucesso ao ensinar esta liberdade, pois muitos fazem uso dela para darem vazão a avareza, o que gera desconcertos econômicos devido a responsabilidades assumidas por se decidir em manter um local de reunião! O que realmente falta é maturidade e comprometimento verdadeiro com Deus! São poucos os maduros, e isso é culpa das diversas correntes teológicas erradas (ai se encaixa a Teologia da prosperidade e outros), que ensinam a ganância, são frias no amor para com o próximo, tendo o ventre como deus! Alguns vivem uma pseudo-espiritualidade, buscando na igreja, um clube social, sem maiores comprometimentos, não querem se envolver!
É com tristeza que digo, mais tenho testemunhado que a grande maioria, e me atrevo a dizer 90% da igrejas que ensinam o dizimo, fazem mal uso dele, seja com salários gordos demais aos pastores, seja com mordomia exagerada, seja com coisas supérfluas etc…
A igreja Universal anda na margem que você citou, pois muitas vezes exige o TUDO das pessoas em suas FOGUEIRAS INSANAS (SANTAS PARA ELES). A nossa justiça é Jesus, logo não a pratica sistemática de qualquer imposição da lei, porém não vivemos sem lei, mais debaixo da lei de Cristo! E ESTANDO DEBAIXO DE LEI DE CRISTO, logo com certeza seremos levados a observar os princípios contidos na palavra de Deus, o que inclui a assistência aos pobres e pregadores do evangelho! Pode existir pecado em dar menos que 10%, sim, porém não pela lei mais por não existir o amor que existe e impulsiona a vida cristã, pois aquele que sabe que deve fazer e pode fazer algo e não faz, estará sujeito a uma má consciência diante de Deus, porém friso ” ISTO É PESSOAL”, POR EXEMPLO:
Tenho R$5.000 guardado no banco, e vejo meu irmão precisando de ajuda econômica e não ajudo, estaria eu agindo corretamente???
1 João 3.17-21: Quem, pois, tiver bens no mundo e, vendo seu irmão em necessidade, fechar-lhe o coração, como o amor de Deus pode permanecer nele? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de boca, mas em ações e em verdade. Nisto conheceremos que somos da verdade e tranquilizaremos nosso coração diante dele; pois, se o coração nos condena, Deus é maior que nosso coração; ele conhece todas as coisas. Amados, se o coração não nos condena, temos confiança para com Deus;
Tiago também salienta esta situação:
Tiago 3.15-16: Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso?
REPITO NOVAMENTE, isto tudo implica em contribuição também na questão da manutenção da pregação do evangelho, porém hoje existe muitos abusos e busca por excessiva comodidade com regalias como equipamentos e outros, que na verdade são supérfluos e só atrapalham o andamento do evangelho simples e puro! Ou alguém aqui acha que Jesus iria fazer questão de igrejas luxuosas, confortáveis, sendo que o recurso utilizado nestas coisas poderia ser usado com mais sabedoria? Poderia ser usado para glorificar a Deus, pois aquele que recebe o donativo agradece e glorifica a Deus, e pode com este testemunho se chegar a Ele. Mais continuam a comprar equipamentos caríssimos, a fazer shows e mais shows, a construir Templos “Salomônicos” e etc…
Voltando ao assunto do livro de Malaquias, o livro de Malaquias é um puxão de orelha, principalmente ao sistema religioso (sacerdotes) que estavam sendo infiéis a aliança realizada por Deus com a tribo de Levi! Hoje podemos ser infiéis a Deus do mesmo jeito, porém por não obedecer ao mandamento do amor!
Jesus ira cobrar aqueles que não visitaram os presos, os que estavam com fome, com frio e etc… Ele não vai cobrar que não fomos fiéis a instituição eclesiástica tal! Podemos sim ver um pastor fiel pregador do evangelho passando fome e reter a ajuda, mais estaremos errando não contra a lei mosaica e sim contra um principio natural daquele que diz ser de Cristo, e que deve amar o próximo como a si mesmo, não por obrigação, mais por ser isto natural ao nascido de novo em Deus!!!
Em Ezequiel 34.1-10 lemos:
Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas? Comeis a gordura, vestis-vos da lã e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim, se espalharam, por não haver pastor, e se tornaram pasto para todas as feras do campo. As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo elevado outeiro; as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a terra, sem haver quem as procure ou quem as busque. Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, visto que as minhas ovelhas foram entregues à rapina e se tornaram pasto para todas as feras do campo, por não haver pastor, e que os meus pastores não procuram as minhas ovelhas, pois se apascentam a si mesmos e não apascentam as minhas ovelhas, portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu estou contra os pastores e deles demandarei as minhas ovelhas; porei termo no seu pastoreio, e não se apascentarão mais a si mesmos; livrarei as minhas ovelhas da sua boca, para que já não lhes sirvam de pasto.
NÃO VEMOS O MESMO QUADRO HOJE QUANTO A CONTRIBUIÇÃO NAS IGREJAS???
PASTORES E SUAS MORDOMIAS (CARRÕES, MANSÕES E ETC…) MUITOS NEM ESPERAM A LÃ CRESCER DIREITO E JÁ TOSQUIAM NOVAMENTE, AO INVÉS DE CUIDAREM DELAS SÓ LHES TRATAM COMO CLIENTES!!! NA VERDADE SÃO LOBOS E NÃO PASTORES!!! POR ISSO O CAMINHO DA VERDADE É DIFAMADO POR CAUSA DELES, E MUITAS OVELHAS SÃO DISPERSAS E SE PERDEM PELO ESCÂNDALO QUE PRESENCIAM
Resumindo: A contribuição pode ser sacrifical, mais deve ser espontânea, com motivações espirituais e não econômicas, pois Deus valoriza a disposição daquele que oferta e não o valor ofertado, existira sim a recompensa e Deus é galardoador, mais não ajudemos com vista a recompensa como meta principal e sim em agradar a Deus pois nisto existe sim prazer transbordante!!!

MAS E SOBRE MATEUS 23:23?

Vejamos o que diz Mt 23.23: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!”
Esta passagem em Mateus é também repetida de uma forma similar em Lucas 11.42. Em ambos os casos é importante notar que o dízimo tinha a ver com ervas que serviam de condimentos e eram cultivadas no quintal (o produto do campo), ao invés de ter a ver com dinheiro. Adicionalmente, Jesus falou estas palavras aos fariseus, que eram muito religiosos e guardadores da Lei, e o fez enquanto a Lei ainda estava em vigor. Dizer que, uma vez que Jesus falou a estes fariseus que deviam dizimar, isto força que também nós devemos dizimar, ignora o fato que aqueles fariseus viviam sob pacto e leis diferentes daqueles de um salvo do Novo Testamento. Cristo, através da sua morte, inaugurou a Nova Aliança, assim efetivando uma mudança na Lei (Lc 22:20; Hb 7:12).
Lucas 22:20: “Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós.”
Hebreus 7.12: “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.”
Finalmente, notemos que o dízimo aqui mencionado não foi voluntário em nenhum sentido da palavra. Jesus lhes diz que “devieis” [tendes o dever de] dizimar. [O dízimo] era mandamento, ordem para todos os judeus e, assim, era obrigatório. Os acontecimentos dos quatros evangelhos e a vida de Cristo estavam ainda no Velho Testamento. “E não omitir aquelas”, isto é, não omitir o que estava na Lei de Moisés: dizimar os produtos agrícolas. Jesus não poderia dar outro conselho; se desse, tornar-se-ia transgressor da lei.
O Novo testamento mostra os fariseus dizimando não sobre o lucro ou dinheiro, mas sobre o que eles cultivavam (Lucas 18.12; Mateus 23.23), mostrando que o dízimo era baseado na produção agrária. Os fariseus estavam sob a Lei. Deveriam portanto dar o dízimo, guardar o sábado, praticar a circuncisão e todos os rituais do V. T.
Vejamos o que Jesus cobrou dos fariseus:
Justiça – Dar a cada um o que lhe é devido. (É devido dar os dízimos aos levitas, órfãos, viúvas e estrangeiros.)
Misericórdia – Sentimento de amor por quem não merece. Dar a quem lhe ofende, não somente a quem ama.
Fé – Mas se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família (pai, mãe, irmãos, avós, viúvas) negou a fé e é pior do que o infiel. I Timóteo 5:8; Gálatas 6:10 ( por que falavam que aquilo que seus pais poderiam aproveitar deles era Corbã, ou seja, oferta ao Senhor).
Não omitir aquelas – Não omitir os dízimos de tudo (animais e fruto da terra)
Vemos então, que Jesus repreendeu a hipocrisia dos fariseus, pois se diziam guardadores fiéis da lei, mas não a guardavam como deviam. Logo, Jesus falou de dízimo censurando a hipocrisia dos religiosos, e não para que nós, os que vivem no período da graça, venhamos a dar dízimos. Isso contradiz os verdadeiros roubadores de Deus.
Jesus, está falando para os fariseus daquela época, não para a igreja, que até então, não havia sido totalmente formada com fundamentos da graça, o ministério de Cristo não havia ainda sido consumado. (o véu do templo não havia sido rasgado) , tanto que Jesus ordenou ao homem que era leproso para apresentar-se ao sacerdote e fazer oferta pela purificação, conforme a Lei (Lucas 5:14).
Desta Forma podemos entender varias passagens
*Lucas 1.15 Anjo Gabriel consagra João Batista ao nazireado conforme Nm 6.3
*Lucas 2.21 Jesus é circuncidado segundo Levítico 12.3
*Lucas 2.22 Maria de purifica segundo estabelecido em Levítico 12.4
*Lucas 2.23 os pais de Jesus oferecem sacrifícios prescrito em Levítico 12.6-8
*Mateus 8.4 Jesus manda um leproso fazer o sacrifício prescrito em Levítico 14
*Lucas 19.8 Zaqueu se submete duplamente a pena estabelecida em êxodo 22.9
*Mateus 17.24 Jesus paga o imposto estabelecido em êxodo 30.11-16
*Mateus 26.17 Jesus e os discípulos cumprem o requerido em êxodo 12.1-27
Entendemos então que a lei mosaica estava em vigor enquanto vivia Jesus, como entender então Lucas 5.14? É necessário isto hoje? Evidentemente que não!!! Por isso cuidado ao impor prescrições que foram dadas ao antigo Israel.
Não devemos esquecer a profecia de Jeremias:
Jeremias 31.31-33: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o Senhor. 33 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
Confirmada também em Hebreus:
Hebreus 8.6-10: “Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas. Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda. E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”
Consideremos então o seguinte, temos 2 alianças, então quando a 2ª começou a vigorar?
Hebreus 9.16-17 nos mostra:
“Porque, onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador; pois um testamento só é confirmado no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador. Pelo que nem o primeiro pacto foi consagrado sem sangue.”
Hebreus 8.13: “Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer.”
Podemos dizer que este versículo em Mateus inicia a Nova Aliança, vejamos:
Mateus 27.50: “E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito.”
Nós cristãos membros comuns da igreja, estamos livres em Cristo vivendo sob o novo concerto. A graça de Jesus nos libertou de velhos dogmas. Os que adoram a Deus hoje o fazem em espírito e em verdade, cabe a cada um contribuir de acordo com seu coração, com sua benção, daquilo que teve em abundancia, para que possa ajudar o próximo carente, para não haver na congregação o faminto e o necessitado. “Não com tristeza ou por necessidade, pois Deus ama o que dá com alegria”. (II Cor. 9.7)
A autonomia de ditar regras e percentuais, baseadas em manipulações tendenciosas de textos bíblicos fora do seu contexto original para amealhar renda ou riqueza, é uma abominação. O homem de baixa renda que deveria receber de acordo com suas necessidades, geralmente nas igrejas ele contribui com dízimos e ofertas para salários que são muitas vezes maior que o seu. Os “pastores” recebendo muito à custa do sacrifício do pobre é uma perversão das escrituras.
Pare! Confira na Palavra e reflita sobre tudo o que foi escrito aqui, não permaneça debaixo da lei, oferte com uma consciência liberta, mesmo que preguem ou façam o contrário.
Olhai para Jesus como o padrão e exemplo do vosso contribuir. Procurai a Deus diligentemente, sede generosos e prontos a compartilhar, para que entesoureis para vós mesmos o tesouro de uma boa fundação para o futuro, de modo que alcanceis aquela que é a verdadeira vida! (1 Tim 6.18-19) [18 Que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; 19 Que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna].
Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.(Gálatas 5.1)
A Verdade deve sempre prevalecer, o Espírito nos Guiará a Toda a Verdade, como disse o apóstolo Paulo:
“Tornei-me acaso vosso inimigo, porque vos disse a verdade?” (Gálatas 4.16)

MAS O DÍZIMO É UMA ORDEM DE DEUS, E JESUS FALOU PARA ENTREGAR A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR E A DEUS O QUE É DE DEUS. QUANDO DIZIMAMOS, DEVOLVEMOS A DEUS 10% DO QUE É DELE E É APENAS ISSO QUE ELE NOS PEDE....

O dízimo foi uma ordem de Deus aos Israelitas na Velha Aliança, se você leu o que escrevi por completo, veja que o que prego passa em muito os 10% por cento, ou seja, devemos nos guardar da avareza, porem contribuindo por amor e gratidão a Deus sem medo de Maldições.
Quando você fala que lê a palavra de Deus e obedece guiado pelo Espirito, por que você então não obedece as 613 leis contidas no Velho Testamento, e só escolhe o Dízimo? Só 10%??? Esse é o problema, pega-se uma lei do VT é exige que seja obedecida no NT, sendo que em nenhum momento Jesus deixou este mandamento aos Apóstolos!
Quanto ao dai a Deus o que é de Deus e a César o que é de César, tenho a dizer o seguinte:
O dízimo obrigatório num sistema agrário (terra), e pecuária (animais), teve inicio com o princípio da organização do governo do estado teocrático judaico através da Lei de Moisés, do sacerdócio levítico e do primeiro templo judaico, a tenda do encontro, nesta mesma ocasião e tempo se consagravam, os campos, animais e pessoas a Deus, não sabemos o que os sacerdotes faziam com tanto mantimento, eles (o povo) deviam repartir democraticamente àqueles menos favorecidos. Era um programa social do regime teocrático primordial de um povo (judeu).
Devemos então entender e fazer uma importante distinção de que numa teocracia a “igreja” é o governo, sendo assim as responsabilidades de governo lhes são transferidas  Hoje a igreja já não explora a terra, não responde a vários serviços como: Sistema judicial, legislativo, governamental, não dirigem as forças armadas e policial, não cuida dos impostos, da distribuição dos recursos públicos, dos serviços de saúde, do bem estar social, das aposentadorias e outras responsabilidades governamentais, ou seja, o governo teocrático da “igreja” estado judaico fazia dentro dos seus padrões tudo isso e muito mais, sob a lei, hoje não vivemos mais numa sociedade teocrática, a lei cerimonial já não é usada.
Nem todos os levitas eram sacerdotes. Alguns eram: Trabalhadores da Área de Saúde (Lev 13.2; 14.2;), professores (Deut. 24.8; 33.10; II Cron 35.3; Neem. 8.7), juízes (Deut 17.8-9; 21:5; I Cron 23.4; II Cron 19.8), cantores e músicos (I Cron 25.1-31; II Cron 5.12; 34.12), escritores e porteiros ( II Cron 34.13), arquitetos e Construtores (II Cron 34.8-13).
Hoje tal sistema já não existe, daí por que muitos judeus já não dizimam, hoje o governo é “proprietário” da terra e explora através de impostos e taxas, enfim todos pagam esse “dízimo” , as vezes até múltiplos dízimos, direta ou indiretamente ao governo. Quando o povo de Israel pediu um rei, o profeta Samuel advertiu o povo no sentido de que se este abandonasse a forma de governo teocrático, os dízimos seriam cobrados do povo, levando-o a protestar em razão das diversas exigências governamentais que lhes seriam impostas pelo governo monárquico  (veja I Samuel 8.2-22). Observe que Deus avisa ao povo de Israel, através do profeta Samuel, que a escolha de mudar o sistema de governo para monarquia, levaria o novo rei a cobrar o dízimo sobre o rebanho como faziam os reis pagãos.
O texto apresenta o assunto do dízimo num contexto pejorativo junto com outras práticas condenáveis: Verso 13: “ E tomará as vossas filhas” . Verso 14: “E tomará o melhor das vossas terras, e das vossas vinhas, e dos vossos olivais, e os dará aos seus servos.” Verso 15: “As vossas sementes e as vossas vinhas dizimará, para dar aos seus oficiais e aos seus servos.” Verso 17: “Dizimará o vosso rebanho(…). Enfim, aqui Deus esta avisando e de certo modo condenando o ato de coerção que lhes seriam impostos com a instituições e cobranças de dízimos seculares, tudo por que o povo de Israel desprezando o Senhor, pediu-lhe um rei, o qual foi concedido, Saul.
I Samuel 8.13-18: “E tomará as vossas filhas para perfumistas, cozinheiras, e padeiras. E tomará o melhor das vossas terras, e das vossas vinhas, e dos vossos olivais, e os dará aos seus servos. E as vossas sementes, e as vossas vinhas dizimará para dar aos seus oficiais, e aos seus servos. Também os vossos servos, e as vossas servas, e os vossos melhores moços, e os vossos jumentos tomará, e os empregará no seu trabalho. Dizimará o vosso rebanho, e vós lhe servireis de servos. Então naquele dia clamareis por causa do vosso rei, que vós houverdes escolhido; mas o SENHOR não os ouvirá naquele dia.”
Este dízimo era recolhido do povo para sustento dos que trabalhavam no palácio do rei, ou seja, os funcionários públicos. Vale salientar que este dízimo não foi instituído pelo Senhor e, sim, pelos homens. A história está repleta de exemplos de excessivas exigências governamentais e a maioria já é “triplamente dizimada” em seus impostos pelas funções do governo, que teriam sido antes manuseadas pela “igreja”, numa teocracia.
Alguns costumam usar as palavras de Jesus em Mateus 22.21 e Marcos 12.17 para justificar o dízimo: “Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.
Contudo essa é tão somente uma prática comercial no sentido de empurrar o dízimo para dentro da bandeja de ofertas, ao mesmo tempo em que aconselham o pagamento de impostos ao governo.
Os pastores de uma conhecida “igreja neo” no Brasil bradam em alta voz: “Antes de dar a César, deem a Deus, porque César é o grande inimigo de Deus, e Deus é o melhor amigo de vocês!” Outro pastor (batista) gritava a plenos pulmões que, antes dos membros de sua igreja pagarem os serviços de energia elétrica e água, deveriam entregar o dízimo, mesmo que não sobrasse dinheiro para esse fim. Isso quer dizer que os membros poderiam ficar sem água e energia elétrica em suas residências, a fim de que o pastor pudesse trocar de carro!
Durante sua vida pública, Jesus foi testado diversas vezes por aqueles que duvidaram de sua sabedoria e divindade. Assim, certa vez os fariseus lhe perguntaram se era lícito pagar o imposto a Roma, já que este pagamento era causa de revolta do povo explorado pelos cobradores e pelo alto custo dos impostos. O objetivo era forçar Jesus a tomar uma das posições: apoiar o imposto e, assim, perder grande apoio popular ou rejeitá-lo e ser acusado de traição. Jesus toma, então, uma moeda cunhada com a inscrição e a face de Cesar e pergunta de quem é a face na moeda, ao que lhes respondem: De César  Então Jesus responde “Dai a Cesar o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22, 21). Jesus com esta resposta sábia não aboliu com as leis dos homens, nem incitou o povo a revolta.
Foi uma resposta que os silenciou por completo, e que sobre esta questão tão controvertida forneceu a informação necessária para todos os tempos. O povo de Deus, acima de tudo, devia dar a Deus a honra e a obediência devidas. Em tudo o que diz respeito a Palavra de Deus, o próprio culto, a fé e consciência, tão somente obedecemos a Deus e não consideramos as objeções das pessoas. Mas em coisas meramente temporais e terrenas, que se relacionam a dinheiro, posses, corpo e vida, obedecemos ao governo do país em que vivemos. Mesmo que não fossem dignos, ainda assim o Senhor lhes ensinou o caminho certo.
Dai a César o que é de César, isto é: a moeda, o dinheiro é de César, do Império, da economia… Então, de Deus é o que? Simplesmente tudo. Tudo é de Deus: todo e cada ser humano e até o Universo inteiro, somos a imagem e semelhança dele, logo assim como na moeda estava a imagem de César, podemos dizer que temos em nós a sua imagem. Deus não precisa do nosso dinheiro, ele é dono do ouro e da prata, como podem então dizer que o “e a Deus o que é de Deus” como sendo o dízimo ou oferta? Este versículo faz referência ao dízimo? Absurdo!
O que Jesus quer nos ensinar então? Cristo não se colocou como juiz em matérias desta natureza, porque seu reino não é deste mundo, depois de refletirmos sobre a autoridade suprema de Deus, a autoridade na família e a autoridade na Igreja, com base em Romanos 13.1-7, aprendemos que devemos dar aos magistrados civis tudo o que lhes é devido, contanto que não interfiram no que pertence a Deus, ou seja, quando não há conflito entre as exigências do governo humano e a lei de Deus, podemos então obedecer a força secular.
Exemplo: Como seria, se eles nos quisessem tirar o evangelho, ou proibir sua proclamação? Então te cabe dizer: Não te entregarei o evangelho e a Palavra de Deus, e não tens poder nenhum sobre isto; pois teu governo é um governo temporal sobre bens terrenos, o evangelho, porém, é uma posse celeste; por isso o teu poder não se estende sobre o evangelho e a Palavra de Deus. Esse não devemos entregar, visto que é o poder de Deus, Rm.1.16; I.Co.1.18, contra o qual nem mesmo as portas do inferno prevalecerão, Mt.16.18. Por isso o Senhor, habilmente, condensa estes dois pontos, e, num só versículo, os separa um do outro, e diz: ‘Daí, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus’. Pertence a Deus a sua honra, que eu nele creia como sendo o Deus verdadeiro, todo-poderoso e sábio, e confesse que ele é o autor de todas as coisas boas. Mesmo, porém, que não lhe dê esta honra, ele a detém. O fato que tu o honrares, não a aumenta nem diminui.
“Martinho Lutero interpretou o sermão do monte à luz da fórmula de Jesus “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. Os cristãos mantêm uma cidadania dupla, ele disse: uma no reino de Cristo e outra no reino do mundo. O extremismo do sermão do monte se aplica absolutamente ao reino de Cristo, não ao do mundo. Considere os mandamentos “Amar os inimigos” e “Não resistir a uma pessoa má”; naturalmente não se aplicam ao estado! A fim de evitar a anarquia, o governo deve resistir e repelir os inimigos.”
Portanto o que Mateus 22.21 descreve nada tem a ver com dízimo!
João 4.1: “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”
Gálatas 5:1: “ESTAI, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão”.
Gálatas 5.14: “Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”

O DÍZIMO VEM ANTES DA LEI. ABRAÃO DIZIMOU.

Sobre o dízimo ser antes da lei, sendo assim devemos pratica-lo??? Será mesmo que é assim???
Claramente que NÃO, me acompanhem abaixo se tiverem paciência.
O dizimo esta acima da Lei??? Há duas ocasiões em que o dízimo é mencionado antes de se tornar lei no Velho Testamento. A primeira é referida no episódio da matança dos reis por Abraão e seus trezentos e dezoito empregados. Abraão resolve dar o dízimo dos despojos de guerra a Melquisedeque, depois de receber deste, pão e vinho, um tipo de comemoração pela vitória bélica. Um exemplo reacionário muito pobre para ser aplicado no verdadeiro cristianismo, que nos dá a seguinte orientação:
Mateus 5.43-44:“Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus.”
Primeiro foram bens que não eram de Abraão, mas originários do sangue daqueles reis mortos. Não se sabe se Abraão deu, pelo menos mais um dízimo em sua vida, pois não se menciona em nenhum lugar na bíblia, novamente esse seu gesto. Quem quiser seguir a Abraão, que dê o dízimo uma vez na vida; se der dois, será por sua conta e risco.
Como não sabemos quase nada sobre Melquisedeque, rei de Jebus salém, não se sabe se ele, costumeiramente recebia dízimos dos jebuseus, (descendentes de Jebus, filho de Canaã, que parece ser o seu povo), não podemos dizer se o dizimo era costume entre os canaanitas ou entre os semitas antes da lei mosaica. Possivelmente era.
A outra ocasião isolada é quando aparece Jacó, na sua visão de anjos, em que promete a Deus o dízimo do que conseguisse naquela viagem e se voltasse em paz de seu retorno. Gn 28.22: “E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir; E eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR me será por Deus; E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo”. Este é um dizimo impositivo, um voto de pagamento, ou uma “gratificação” a Deus por um suposto sucesso, o que aconteceu. Mas segundo Deuteronômio 10.17-18, Ele (Deus) não aceita recompensa!
Algumas igrejas hoje não defendem o dízimo pela lei de Moisés mas o fazem pelo seguinte motivo: Gen.14.20 Abraão deu o dizimo antes da lei então o dizimo é antes da lei e obrigatório!
Será? Tornemos outras passagens para testar a validade desta argumentação.
Gen 17.10:14: “Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós e a tua descendência: todo macho entre vós será circuncidado. Circuncidareis a carne do vosso prepúcio; será isso por sinal de aliança entre mim e vós. O que tem oito dias será circuncidado entre vós, todo macho nas vossas gerações, tanto o escravo nascido em casa como o comprado a qualquer estrangeiro, que não for da tua estirpe. Com efeito, será circuncidado o nascido em tua casa e o comprado por teu dinheiro; a minha aliança estará na vossa carne e será aliança perpétua. O incircunciso, que não for circuncidado na carne do prepúcio, essa vida será eliminada do seu povo; quebrou a minha aliança.”
Genesis 17.23-27: “Tomou, pois, Abraão a seu filho Ismael, e a todos os escravos nascidos em sua casa, e a todos os comprados por seu dinheiro, todo macho dentre os de sua casa, e lhes circuncidou a carne do prepúcio de cada um, naquele mesmo dia, como Deus lhe ordenara. Tinha Abraão noventa e nove anos de idade, quando foi circuncidado na carne do seu prepúcio. Ismael, seu filho, era de treze anos, quando foi circuncidado na carne do seu prepúcio. Abraão e seu filho, Ismael, foram circuncidados no mesmo dia. E também foram circuncidados todos os homens de sua casa, tanto os escravos nascidos nela como os comprados por dinheiro ao estrangeiro.”
Logo podemos argumentar: Abraão circuncidou-se antes da lei ser estabelecida, logo a circuncisão é antes da lei, portanto a mesma perdura apos o fim da lei. Temos então que este argumento é procedente para validar o dizimo e para praticar o circuncisão.
A norma de interpretação afirma que um texto descritivo pode ilustrar uma doutrina, porem é frequente cair neste erro, grupos sectarista usam por exemplo o lavar os pés uns dos outros (Jo.13.14) que a ceia deve ser realizada com pães asmos (Mt26.17:19 / Ex12.1:27) porem esquecem que Jesus usou também vinho e nao suco de uva que a maioria das igrejas usa atualmente.
Por esses dois patriarcas, podemos dizer que: Abraão deu o dízimo de tudo o que não lhe pertencia; e Jacó prometeu dízimos, frutos de suas imposições e condições de uma futura aventura. Não havia ainda uma regra para se conceituar, como sendo dízimo, era muito relativo, e muito nebuloso.
É importante que o se perceba que essa determinação tanto de Abraão quanto de Jacó de dar o dízimo, foi uma decisão muito pessoal deles, que não a encontramos em Isaque filho de Abraão e pai de Jacó ,nem em nenhum dos doze patriarcas filhos de Jacó, pois foi algo que surgiu deles, todos os cristãos serão obrigados a agir da mesma forma?
É indiscutível que o patriarca Abraão nos deixou um grande exemplo. Fé, altruísmo, companheirismo com Deus. Porém, devemos realmente viver como tal qual ele viveu? Agir como ele agiu em todas as situações? Seria correto, por exemplo, imitar-lhe o exemplo poligâmico? (Gênesis 16:2 e 26:6) Abraão era um escravagista nato (Gen.17:23, 27). Algum cristão sincero defenderia hoje a escravidão em nome de Abraão?
Abraão era um grande latifundiário. (Gênesis 13:10, 14 e 15). Centenas (Gênesis 14:14) de “sem-terra” escravos trabalhavam para o fazendeiro Abraão, que além de muitas terras, possuía muito gado, muito ouro e muita prata (Gênesis 13:2). Que tal este exemplo para nossos dias? É justa toda esta concentração de riqueza? Que péssima distribuição de renda na “Nação Abraão”, não? Uma enorme injustiça social! Deve este modelo ser copiado hoje?
Segundo Abraão, basta dar o dízimo UMA VEZ e está o caso resolvido para a vida inteira! … Abraão não deu o dizimo à igreja! Não deu o dízimo em “cash”, nem do que tinha antes, apenas dos despojos da guerra. Você, por acaso, já foi a alguma guerra aqui no Brasil, em favor de um parente, como era o sobrinho de Abraão? Ele era tão rico que não tinha mais lugar para tanto gado, ouro e prata, podendo, desse modo, dispensar os despojos de guerra, com a maior generosidade!
Todos os exemplos aqui citados são dignos de imitação hoje? Claro que não. Isto nos leva a concluir que certos costumes, tradições e procedimentos só têm lugar em épocas remotas e não são aplicáveis a nós hoje cristãos do Século XXI.
Observemos atentamente o contexto histórico:
O texto bíblico diz que Abraão deu o dízimo de tudo. Não do seu patrimônio, mas dos despojos recuperados na guerra. (Ver Hebreus 7:4). Ninguém pode afirmar que Abraão vivia sob alguma forma de lei que o obrigava a ser um dizimista. Nem tão pouco pode afirmar que Deus exigia dele, sob mandamento, dez por cento de sua renda. O dízimo na era patriarcal não era obrigatório. Muito menos sistemático. A sazonalidade do dízimo estava ligada a fatos especiais que traziam mudanças de rendas. Destas receitas extras dava-se o dízimo.
Abraão DEU o dízimo. A obrigatoriedade dizimista só começaria a existir na era levítica. Quem usa o exemplo de Abraão como fiel dizimista, não está atento a vários detalhes:
a) Abraão deu o dízimo do excedente que ele tinha conquistado na guerra. (Hebreus 7:4).
b) Muitas das posses que ele recuperou pertenciam a Ló (Gênesis 14:16).
c) A maior parte dos despojos pertencia aos reis de Sodoma e Gomorra (Gênesis 14:11)
d) Nada pertencia a Abraão, que se recusou a tomar qualquer coisa para si. (Versos 21-24)
e) A lei dos dízimos (Levíticos 27:30-31) exigia dízimos em forma de coisas produzidas pela terra: grãos, gado. Em nenhuma parte fala para dizimar despojos de guerra.
f) Após a guerra, Abraão ficou com o mesmo “patrimônio” que possuía antes. Não houve acréscimo de renda. (Gênesis 14:24). Portanto ele deu o dízimo perfazendo um caminho inverso da orientação teológica apresentada em nossos dias, que manda dizimar rendas, ganhos e lucros.
g) Os despojos de guerra incluíam serem humanos, escravos capturados do exército inimigo. Deveriam as nações hoje “dizimar” os prisioneiros de guerra?
h) Para que o dízimo de Abraão tenha o mesmo significado dos dízimos cobrados hoje pelas igrejas cristãs, ele teria que ter ficado com os outros 90%. Que dizimista é este que dá 10% para o Sumo Sacerdote e os outros 90% para um rei pagão, descontando apenas o custo operacional da guerra?
i) Jesus nunca recebeu dízimos. Se Melquisedeque simbolizava a Cristo, por que não encontramos relatos de pessoas dando dízimos a Jesus durante seu ministério aqui na Terra? Não é Ele o Sumo Sacerdote da Ordem de Melquisedeque? Como ousam os líderes religiosos hoje exigir dízimos aos seus fiéis na qualidade de sacerdotes sucessores de Melquisedeque, se o nosso Sumo Sacerdote não fazia assim?
j) Abraão tomava animais, cortava em pedaços quando fazia um concerto com Deus. Por que os líderes hoje não mandam seus fiéis repetirem também estes rituais em suas igrejas, já que o exemplo de Abraão deve ser seguido em nossos dias?
Assim, podemos afirmar que Abraão deu o dízimo a Melquisedeque sem estar obedecendo alguma lei que o obrigasse a fazê-lo. É mais fácil afirmar que ele estava seguindo uma tradição de sua época. Costumes religiosos da cultura de seus dias. Ele deu o dízimo sobre valores de coisas roubadas. Coisas roubadas, recuperadas e devolvidas aos seus legítimos donos (Gênesis 14:21-23). Deu também o dízimo sobre o salário alheio. Sobre a parte que se referia ao pagamento dos homens que foram com ele para a guerra. Os trezentos e dezoito valentes e seus amigos Aner, Escol e Manre. (Gênesis 14:24).
Aqueles que buscam em Abraão um exemplo de fiel dizimista deveriam explicar sua prática de dar o dízimo. Explicar o “pagamento” de um dízimo feito a um sumo-sacerdote “gentio”. Quem eram seus sacerdotes? Como era composto seu clero? Será que o evangelho foi pregado primeiramente aos Jebuseus, em contraste ao que é afirmado em Gálatas 3:8: “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Em ti serão benditas todas as nações”.
Para Abraão o princípio de dar dízimos não lhe era estranho. Tabletes cuneiformes comprovam esta prática entre os povos da Mesopotâmia. Os caldeus e os babilônicos sustentavam seus templos, seus deuses com dízimos. Concluímos então que Abraão não é um exemplo de dizimista para nossos dias. Em nenhuma parte da Bíblia ele é apresentado como um dizimista sistemático, regular. Suas práticas de dízimos em nada se parecem com as requeridas hoje em dia pelos pastores e líderes cristãos. Abraão dizimou justamente riquezas que não lhe pertenciam. Riquezas que ele devolveu (90%) aos seus legítimos donos. Abraão estava seguindo um costume de sua época. Costume dos povos da Antiguidade.
Abraão deu seu dízimo a um sacerdote-rei cultuado pelos fenícios e cananeus. Embora a identidade e o significado de Melquisedeque não seja assunto bem claro, ele era dos Jebuseus. Mas, Melquisedeque representava a Cristo. E ele abençoou Abraão e sua prática dizimista. Se Deus abençoou o sistema de dízimo de Abraão, como alguém ousaria mudar todo o contexto e fazer aplicações distorcidas para sustentar uma teologia moderna de espoliação a crentes sinceros. Pessoas simples que são induzidas a dar dez por cento de suas rendas a líderes religiosos completamente desassemelhados a Melquisedeque, o sacerdote do Deus Altíssimo. O recebedor e abençoador do dízimo especial de Abraão?
Devemos copiar rituais??? Em nenhum lugar a Bíblia ordena que os cristãos do século XXI devem copiar ou imitar votos da era patriarcal. Jacó resolveu fazer um voto a Deus e prometeu-lhe pagar dízimos. E daí? Devemos todos nós hoje fazer o mesmo? Que tal então, começarmos a procurar uma pedra, pô-la como coluna e declarar que ali é a casa de Deus. (Gen 28:29). Ou prometer sacrificar nossas filhas em holocausto ao Senhor como fez Jefté. (Juízes 11:30-40). Ou deixar um de nossos filhos sem cortar o cabelo para sempre, como fizeram os pais de Sansão (Juízes 13:3-5). Ou entregar nossos filhinhos menores de três anos à igreja para ali morarem pelo resto de suas vidas, como fizeram Ana e Elcana, pais de Samuel.(I Samuel 1:10-11)
Podemos concluir que os dois exemplos do dízimo antes da lei (em Gênesis) foram eventos únicos, voluntários e envolvendo mais do que dinheiro. O exemplo de Abraão foi do dízimo entregue uma vez apenas, dos despojos de uma guerra, nada existe na Escritura dizendo que Abraão tenha dado o dízimo de sua renda ou riqueza, em tempo algum, Abraão recebeu uma bênção e em seguida deu o dízimo, aparentemente fora de um hábito social, sem qualquer mandamento divino para fazê-lo. (Gênesis 14 e Hebreu 7:1).
O dízimo na lei era obrigatório, enquanto as escrituras que mencionam o dízimo ANTES DA LEI dizem que este era DADO. Lembrem-se que Abraão não poderia reter os despojos de guerra e recusou-se a fazê-lo. Sua única motivação para essa guerra foi salvar o sobrinho. Isso não faz muito mais sentido bíblico do que tentar torcer a Escritura, a fim de fazer parecer que Melquisedeque quis ensinar a obrigatoriedade do dízimo, especialmente em vista dos demais assuntos discutidos neste documento? Não há nenhuma evidência neste texto de que dizimar foi ordenado por Deus. De fato, tudo no texto nos leva a crer que dar o dízimo foi, completamente, uma decisão e livre escolha de Abraão. Como tal, foi completamente voluntária, o dízimo, na Lei, de modo algum era voluntário, mas sim obrigatório a todo o povo de Deus.
Certamente Abraão e Jacó são homens que inspiraram vidas. Os conteúdos de suas histórias ainda nos são oferecidos como exemplos hoje. Mas, devemos fazer tudo o que eles fizeram? Devemos viver exatamente como eles viveram? Podemos definitivamente concluir que não, pois, os dois únicos exemplos de dízimos antes da lei, em Gênesis, foram voluntários, não rotineiros e baseados no lucro.
Não temos textos para provar o dízimo na Nova aliança, o texto sobre Abraão dando dízimo a Melquisedeque não foi escrito com este propósito isso é claro a um sensato estudante da Bíblia, como devo dizimar na Nova aliança? Qual o produto que a lei autoriza a ser dizimado, aonde encontro tal texto para que possa provar, será que posso usar os textos da Antiga aliança para formar esta regra, dizimando assim produtos agropecuários, ou será que dizimarei despojos de guerra baseando assim esta doutrina em um único texto???
O texto em Hebreus sobre Abraão dando dízimos a Melquisedeque foi escrito para mostrar a superioridade do Sacerdócio de Cristo, de maneira nenhuma está ensinando a continuidade da lei do dízimo na dispensação da graça e sim explicando aos Judeus que devido a isso (Abraão ter dado dizimo a Melquisedeque) os levitas deram dízimo ao sacerdócio maior que o deles, fazendo-os assim reconhecer Jesus como o Messias. Este é o objetivo e não outro.
A primeira aliança tinha ordenanças para o culto e um santuário terreno, e uma destas ordenanças ligadas fortemente ao santuário terreno era o dízimo, por isso o autor aos Hebreus fez uso do dízimo para clarear a mente dos seus ouvintes, pois sem o dízimo o culto ficava impossibilitado, pois faltava mantimento na santuário terrestre, o livro de Malaquias é um puxão de orelhas, principalmente aos sacerdotes, terminando com uma advertência final para que a lei de Moisés fosse lembrada e cumprida, incluindo todos os estatutos e normas que ele tinha dado no monte Horebe para todo o Israel, do contrario as punições encontradas no Livro de Deuteronômio Cap. 28. verso 15 em diante são bem claras, e uma delas é que o Senhor daria pó a terra em lugar de chuva(v.24) e outra que o gafanhoto devoraria (aí esta o verdadeiro devorador) o fruto da terra (vs.39 e 42). Vemos a promessa de Deut. 28.12 reafirmada em Malaquias 3.10, pois as janelas do céu serão abertas (chuvas), tudo isso se cumprissem TODOS os estatutos e normas da lei entregue a Moisés no monte Horebe! Enfim, Jesus é mediador de uma aliança melhor, firmada sobre melhores promessas.
Bem recomendou o Apostolo Paulo, não devemos ir além do que está escrito, (1Cor. 4.6), tirando ou acrescentando alguma coisa a Bíblia, infelizmente este é um dos problemas mais sérios a ser enfrentados pela igreja contemporânea, pois os neo-ortodoxos e principalmente os do movimento carismático(ou neo-montanismo) e do movimento da Fé, negligenciam o estudo diligente da palavra , trocando-o por revelações novas e extras-bíblicas, alegorizando ou espiritualizando textos, aonde isto não é exigido, procurando assim provar o seu ponto de vista a qualquer preço.
Deus designou apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos Santos para a obra do ministério e para edificação do corpo de Cristo! Com certeza ensinar é uma enorme responsabilidade, exige pessoas comprometidas e dedicadas com a verdade, nada mais do que a verdade, como bem recomendou Paulo a Timóteo em 1Tim.4.16: Tem cuidado de ti mesmo e do teu ensino.